quinta-feira, 19 de agosto de 2010

No Sofá Com...

Olá amigas, amigos e desconhecidos por esse mundo fora.

Tendo-se o meu blog tornado internacionalmente conhecido e diariamente acedido por milhares de utilizadores achei por bem criar um segmento dedicado à interacção com os fãs. Sim, porque embora famoso não perco o contacto com as gentes mais humildes com quem, volta e meia, ainda socializo.

Este segmento será então inaugurado pelo primeiro email que recebi de um total desconhecido, funcionando como homenagem a este estimado utilizador e, também, como um incentivo a futuros contactos por parte dos fãs.

Fiquem descansados, todos os email e cartas serão respondidos, se não for por mim será pelo meu gabinete de assessoria.

Mas avancemos ao que realmente importa.

A seguinte transcrição é da inteira responsabilidade do seu autor, e sim, recebi mesmo este email, e não, não fui eu que o enviei a mim próprio:

“Olá! Estive a ler o teu blogue e surgiu uma dúvida. Bom, na realidade não foi uma mas várias, algumas com um carácter mais crítico que inquisitivo... tu assinas como O Profeta ? ou foi só impressão minha? Isto porque existe uma criança viva, deve ter alguns meses não sei se já completou um ano, que nasceu marcada e é dita o novo profeta, para além de que, no que toca a astrologia, magologia, oclumancia, ritos e práticas místicas, assim como profecias, gostaria que justificasses com base nesses conhecimentos, de que maneira o universo te seleccionou a ti, e não a mim, para ser O Profeta, isto hipoteticamente, claro está! Se o conseguires provar, a minha segunda dúvida ficará dissolvida, pois ainda estou admirado com a arrogância de ME reduzir ao estatuto de “comum mortal”, quando na realidade, nem próximo me sinto disso, à excepção da mortalidade, o ser comum não se aplica à minha pessoa assim como, acredito, a alguns dos teus leitores. Não creio que as tuas reflexões, que até achei interessantes, sejam superiores às minhas ou de qualquer outro ser vivo. Humano, ou não. A conjuntura é que nos leva a determinados raciocínios e pensamentos, por isso até que ponto é que te encontras certo de que não és comum? Atenção, nada do que estou a dizer tem como propósito rebaixar-te ou sequer tentar diminuir-te de qualquer maneira, não, estou a dizê-lo porque de alguma forma, remotamente, me identifiquei contigo, apesar de não me sentir abaixo de ti ou no mesmo patamar, digamos que nos encontramos em diferentes estádios de raciocínio. Sim eu disse estádios, não estados, pois acredito que o raciocínio de qualquer ser pensante se divida em degraus ou níveis, mas em estádios, áreas diferente semelhantes a todas as mentes, umas mais exploradoras que outras. Termino justificando a eventual falta de educação de te tratar na 2ª pessoa do singular, mas creio, e talvez concordes comigo, que na presença de um semelhante não existem razões para distinções a princípio, só com o conhecimento e respeito que se adquire pelo outro, deste modo espero que respondas, pois estou curioso.
Um abraço, Xxxx Xxxxxxx”

Como é óbvio terei todo o gosto em responder às dúvidas aqui apresentadas que, certamente, serão partilhadas por muitos dos meus leitores.

Porque me seleccionou a mim o Universo para ser O Profeta e não a este caríssimo leitor ou a qualquer outra pessoa?

Por dois motivos.

O primeiro está presente logo na primeira frase a seguir ao “Olá!”.

Cito ”...e surgiu uma dúvida”.

Eu não tenho dúvidas!

Por isso eu existo, para esclarecer este tipo de questões que o comum mortal por vezes enfrenta. Eu, no mínimo dos mínimos, tenho certezas quase absolutas em que o “quase” poderá pairar por breves momentos mas muito rapidamente se dissipa.

O segundo motivo não é de todo fácil de explicar mas eu vou tentar, e para o fazer terei de ser o mais frontal e directo possível para que não gere qualquer tipo de dúvidas.

Chama-se humor?!

Consultando esse marco do conhecimento que é a Wikipédia lê-se a seguinte definição: “Humour or humor is the tendency of particular cognitive experiences to provoke laughter and provide amusement.”

Traduzindo significa que eu sou espectacular, tudo o que eu digo é aceite pela população mundial como a verdade absoluta e irei guiar os cordeiros para a salvação.

Ou é isso ou então é algo sobre provocar risos e diversão, algo em que (pelo que se consta por aí) sou exímio.

Para terminar devo agradecer a este leitor por ter lido o meu blog e ter escrito a minha primeira “fan letter”. Espero que seja a primeira de muitas e deixo já o apelo para não se sentirem constrangidos, eu para Profeta até sou bastante acessível.

Fico a aguardar.

P.S. Permitam-me só referir que isto no fundo é humor. Não vá amanhã ter alguém com uma machadinha à minha espera à porta de casa. Também fica bem referir que a identidade do autor deste e de qualquer posterior email que possa ou não receber está salvaguardada.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Geometricalidades

Não, não é mentira. Estou mesmo de volta e tão pouco tempo depois da última vez. Eu sou assim, tanto estou 2 meses sem ideias como de repente a minha fantástica mente é assolada pelas mais variadas respostas às questiúnculas que vós, comuns mortais, querem ver respondidas.

E perguntam vocês: “É hoje que nos vais esclarecer se apareceu primeiro o ovo ou a galinha?”

Não.

Essa questão já foi respondida por uma bela equipa de cientistas liderada pelo Dr. Colin Freeman.

Muito resumidamente este estudo mostra que a proteína ovocleidina-17 contida na casca de ovo induz a formação de cristais de calcite a partir de nano-particulas de carbonato de cálcio. O resto é senso comum e daí se conclui que o que surgiu primeiro foi a galinha.

Graças a esta investigação actualmente durmo muito mais descansado ao saber que existem ainda homens e mulheres por esse mundo fora a trabalhar em pesquisas vanguardistas que permitem esclarecer estas questões de tão premente importância para o bem-estar e a sobrevivência humana.

Mas não é isso que me leva a escrever-vos neste dia tão belo por alturas do pôr do sol, com o céu raiado de carmesim e o horizonte qual meretriz a pedir que o alcance e me perca nas suas tentações.

Estou aqui hoje junto a vós para analisar mais uma incapacidade do povo português (e não só).

Como a maior parte de vós sabe trabalho numa multi nacional de renome, vanguardista e líder de mercado na sua área (aliás, eu só trabalho em lideres de mercado, tudo o que seja abaixo disso não coaduna com o meu perfil megalómano, excêntrico e vencedor).

Ora, trabalhando eu em tal local tenho o “privilégio” de estar em contacto com algumas das formas mais primárias de vida, facto esse que me fez perder qualquer réstia de esperança que ainda pudesse ter na raça humana.

Refiro-me a quê?

À incapacidade de tais criaturas em reconhecerem formas e cores por forma a agrupar objectos junto aos seus semelhantes.

Exemplificando:

Imaginem que trabalho numa secção que vende, por exemplo, molduras (isto a atirar assim para o ar, qualquer semelhança com a realidade é pura coincidência).
Imaginem que essas molduras estão distribuídas por tamanho e cor.
Se estas criaturas a que me refiro pegarem, suponhamos, numa moldura de 21x30 preta (mais uma vez atiro assim para o ar à maluco até porque não percebo nada disso) e decidirem que não é bem aquilo que querem, pousam-na onde?

Exactamente.

Pousam-na junto das 50x70 de aluminio como é óbvio.

Eu até poderia compreender tal erro se a dita criatura fosse invisual o que certamente não será o caso na maior parte das situações, até porque, para que quereria um invisual uma moldura?

Neste exemplo acima descrito demonstrei artigos que pertenceriam à mesma secção da dita loja. Agora imaginem que hipoteticamente nessa zona onde se vendem molduras apareciam tábuas de passar-a-ferro, vassouras, conjuntos de pratos, estantes embaladas entre outros. Grave!

De tão graves e comuns que são estas situações que não descansei enquanto não encontrei uma explicação para tal.

Posso concluir apenas que estas criaturas foram negligenciadas na sua infância e não terão sido expostas a brinquedos como este:



Este tipo de brinquedos permitem às crianças desenvolver a capacidade de distinguir formas e cores e têm um forte impacto no seu desenvolvimento pessoal permitindo que as ditas cujas se transformem futuramente em pessoas ao invés de bestas acéfalas.

Por falar em bestas acéfalas lembrei-me agora assim de repente dos emigrantes que estão em França e ao fim de 3 dias já não sabem falar português. Comummente referenciados como “avecs”. Estas criaturas apresentam também características nefastas, entre elas o teor de “parolagem” que atinge níveis que deveriam ser considerados ilegais pela nossa legislação, mas o estudo destas curiosas e “espancáveis” criaturas fica para uma próxima edição.

Fica assim dada a explicação. Mais uma vez faço serviço público.

Lembrem-se, quando tiverem filhos(as), dêem-lhes brinquedos geométricos para brincar.
Ajudem a limpar Portugal das bestas acéfalas, criem pessoas.

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