Terão decerto depreendido, pelo espaço de tempo que decorreu desde a minha ultima presença escrita perante vós, que tenho estado ocupado.
Mas não é o tipo de ocupação normal que gentes como vós, ralé portanto, tem. Dediquei-me nestes últimos meses à Etologia.
Para quem não sabe, Etologia é a ciência que estuda o comportamento animal. E existe animal mais fascinante para ser estudado do que o Homo sapiens?
Óbvio que não.
Devo, antes de mais, fazer um ponto prévio em relação ao nome cientifico do homem. Ora, sapiens é latim para sábio, coisa que o homem na realidade não é. Como tal proponho a alteração do nome para Homo retardadus, um nome muito mais justo e bastante mais enquadrado com a realidade. E vocês sabem como eu gosto de um bom enquadramento com a realidade.
(Porque sublinhei eu o nome cientifico do homem? Vou-vos ensinar um bocadinho de sistemática e nomenclatura binomial:
O nome científico que caracteriza uma espécie é composto por duas palavras.
A primeira, escrita com a inicial em maiúscula, corresponde ao género;
a segunda, com a inicial escrita em minúscula corresponde ao epíteto especifico. Ambas as palavras são escritas em itálico a não ser quando são manuscritos ou não existe possibilidade de as escrever em itálico, situação na qual devem ser sublinhadas.
Como já devem ter reparado todo o texto do meu blog está em itálico e como tal tive de sublinhar.
E em apenas 2 minutos faço o meu serviço publico de tentar reduzir o vosso grau de ignorância e consigo fazer com que se sintam um bocadinho menos estúpidos.)
Esclarecido este ponto avancemos ao que me traz cá hoje.
Comecei a reparar, durante as minhas longas horas de estudo e tentativa de interacção com as fascinantes criaturas que sois, que ultimamente uma característica se tem acentuado de tal forma que mesmo um invisual com problemas auditivos e um ligeiro desnível numa perna repararia.
Algo que se tem espalhado como uma praga, um vírus, e que afecta nos dias que correm centenas de milhares de pessoas por este mundo fora. A situação escalou de tal forma e encontra-se neste momento tão fora de controlo que senti-me na obrigação de vir até vós alertar-vos para o facto de que:
Anda muita gente por aí com (o que na gíria se designa por) falta de peso!!!!

Falta de peso esta que não advém de um qualquer tipo de mal-nutrição ou disfunção psicológica, mas sim, de uma clara falta, e necessidade, de interacção sexual com criaturas do sexo oposto. (Ou do mesmo sexo. Nunca descriminei os deficientes e não é agora que vou começar)
Em que resulta então este fenómeno?
Num aumento significativo de pessoas que praticam o coito com o primeiro parceiro disponível que se lhes apresente à frente.
E perguntam vocês: “Mas isso é mau?”
Não, eu não disse em ponto algum que era mau.
Mas atentem no seguinte:
O sexo pode ser facilmente comparado com uma refeição. Existe a comida caseira, ou de um bom restaurante com panos quentes para limpar as mãos, e depois existe o MacDonald’s.
Ora o primeiro caso pode ser comparado a fazer sexo com alguém de quem se gosta mesmo e com quem se mantém uma relação.
Assim sendo começa-se pelas entradas, escolhe-se um bom prato acompanhado de um bom vinho (para quem gosta) enquanto se trocam dois dedos de conversa. Arranja-se espaço para a sobremesa e terminamos com a satisfação de ter desfrutado de uma belíssima refeição.
Já o segundo caso é comparável à situação previamente retratada em que basicamente se “afiambra” qualquer coisa só porque tem de ser.
Fundamentalmente a fome aperta e a sessão de cinema aproxima-se ou a hora que tinham combinado para se encontrar com os amigos também e então toca a enfiar fast-food pela "guela" abaixo que sempre mata a fome e podem continuar com os vossos afazeres como se nada se tivesse passado. Se não tiverem muita fome podem até deixar o hambúrguer a meio e ir tirar uma soneca ou jogar um sudoku.
E perguntam vocês agora: “Mas onde queres chegar com isto?”
A lado nenhum, simplesmente achei por bem partilhar convosco aquilo que a maior parte de vós já reparou e do qual provavelmente até faz parte.
Chama-se a isto constatar o óbvio, algo que eu por vezes também tenho de fazer para o bem das vossas mentes pouco desenvolvidas que não aguentam um stream constante de informação pertinente e, vá, não tão óbvia como esta que hoje partilhei convosco.